01/11/10

Intervenção da CPCJ de Santarém em termos psicossociais

No contexto da intervenção da CPCJ de Santarém os técnicos deverão dinamizar e promover o acompanhamento psicossocial às famílias, cujo Acordo de Promoção e Protecção defina este acompanhamento, em articulação com os diversos parceiros e outras entidades.

A estratégia de intervenção deverá passar pela construção, com as famílias, de soluções coerentes que mobilizem, de forma articulada, os vários recursos existentes na comunidade, de modo a que aquelas se estruturem e se inseriram socialmente, tornando-se os seus membros cidadãos activos, responsáveis educadores, potenciando-se as suas capacidades e ajudando-se na construção de outras necessárias à educação formação e desenvolvimento das crianças.

No que diz respeito à articulação entre as várias instituições, pretende-se que ela permita a rentabilização dos recursos e que evite a duplicidade de intervenções e respostas às situações.

Esta articulação terá por base os parceiros da Rede Social, os quais se entende que sejam potenciadores no envolvimento participativo das comunidades, e motivadores do desenvolvimento social e local e, como tal, elementos facilitadores do Atendimento Integrado.

No atendimento e acompanhamento psicossocial referido, deverão ser analisadas as necessidades das famílias, bem como as suas potencialidades não só no contexto familiar mas, igualmente, no contexto comunitário. O trabalho a desenvolver deverá caminhar no sentido de ser um instrumento de responsabilização de cada pessoa, promovendo as condições de cumprimento dos respectivos deveres de responsabilidade parental e, em suma, de cidadania. Para tal a intervenção deve ir para além do reforço de dispositivos de assistência, devendo procurar proporcionar a participação activa de todos na vida familiar e social, bem como ter em consideração que a família é o “primeiro espaço de aprendizagem para a criança e para o jovem, é o «habitat» permanente de aquisição de conhecimentos e de valores, um lugar de formação ou de deformação onde se aprende a SER”.

A intervenção assentará no modelo sistémico e interdisciplinar, o qual tem como unidade básica de acção a família. É a partir desta unidade central que a acção se estruturará.

O processo de intervenção tem início com a sinalização da situação de perigo, pela validação da mesma pela Comissão Restrita com base em diligências sumárias, e respectiva autorização dos detentores das responsabilidades parentais ou da guarda de facto para o início da intervenção.

Realizar-se-á de seguida um diagnóstico, com o objectivo de se conhecer a situação da família em causa e, caso se justifique, desenvolver a intervenção.

Os principais passos a executar, no âmbito dos processos de promoção e protecção, pelos técnicos serão os seguintes:
•Diagnosticar, analisar e avaliar diferentes domínios, contextos, situações, os problemas e os comportamentos sobre os quais seja necessário intervir;
•Planear, organizar, desenvolver e avaliar, acções e actividades que dêem resposta às necessidades diagnosticadas;
•Definir estratégias, métodos e técnicas de intervenção face a cada situação diagnosticada;
•Identificar recursos, em termos da parceria, encaminhando e articulando, as soluções para as situações detectadas;
•Promover o acompanhamento e a reinserção de crianças e jovens que estejam institucionalizados,

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