21/12/12

"Um jornal,UmSorriso"


   Passamos por tempos difíceis, tempos de uma enorme privação mas, igualmente, por tempos de uma grande Esperança.

   É nestes momentos de dificuldades que surgem os verdadeiros e os autênticos, no que diz respeito aos valores da cidadania e aos valores da solidariedade perante aqueles que estão mais vulneráveis.

   Estamos preocupados, mas simultaneamente confiantes na solidariedade de todas e de todos, para que as crianças e jovens do nosso concelho não passem por carências alimentares, e por outras que estejam ao nosso alcance ultrapassar.

   "Um jornal, Um sorriso" é a campanha do jornal O Ribatejo, a favor das crianças acompanhadas pela CPCJ de Santarém.

   Assim a edição deste jornal do dia 27 de dezembro reverterá para a CPCJ que, com o valor recolhido, constituirá um fundo social de emergência deforma a que NENHUMA criança passe fome no nosso concelho.

   Com este fundo e com o apoio da vasta parceria solidária que temos em todo o concelho, parceria esta ligada não só a Comissão, mas igualmente à Rede Social, pensamos que conseguiremos levar a "bom porto" a nossa missão: contribuir para que as nossas crianças e jovens tenho um desenvolvimento harmonioso e, neste caso, com alimentos em quantidade e qualidade que lhes permita este desenvolvimento.

   Relativamente aquela campanha apela-se à aquisição de exemplares do jornal (0,80 cada).

   Um agradecimento a todas e a todos os que quiserem colaborar nesta iniciativa, bem com um agradecimento muito especial ao diretor do jornal O Ribatejo, o nosso amigo Joaquim Duarte, à sua administração, a todos os seus colaboradores e patrocinadores.

Bem haja


Aproveitamos para vos desejar um Natal em que a luz da vela e a alegria da época sejam mais do que isso; desejamos-vos que, em cada um, o espírito da amizade e do amor brilhe todo o ano e; desejamos-vos uma esperança renascida para a paz, para o entendimento, para a benevolência e bondade, para a solidariedade e para um afeto familiar constante.

 

28/11/12

Crianças com fome, crianças em perigo.


Na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Santarém estamos extremamente preocupados, com estado de pobreza de variadíssimas famílias do nosso concelho as quais têm crianças a seu cargo.

A situação material ou o bem-estar das crianças está diretamente relacionado com a situação económica do contexto familiar das crianças (pobreza monetária, privação e desemprego dos pais). Infelizmente percebemos que, e não obstante o grande envolvimento de toda a parceria desta CPCJ, que existem no nosso concelho crianças a passar fome. Verificamos com muita frequência, frequência que aumenta dia após dia, a existência de crianças mal nutridas.


As consequências imediatas da fome são a perda de peso e o aparecimento de problemas no desenvolvimento. A subnutrição, principalmente devido a falta de alimentos energéticos e proteínas, pode vir, a curto prazo, aumentar a taxa de mortalidade, além da perda da capacidade de combater as infecções. As crianças subnutridas não crescem adequadamente e, na escola, não conseguem aprender. A fome causa efeitos irreversíveis ao nível do cérebro.

A fome ou uma deficiente nutrição infantil, é uma das mais significativas patologias, tornando-se um problema de saúde pública. Sabe-se que crianças subnutridas apresentam limitações de aprendizagem, não respondendo adequadamente aos estímulos, reduzindo o interesse diante do ato de brincar e explorar o novo.

Assim sendo, crianças a passar fome são crianças em perigo.

Decorre da Lei 147/99 de 1/9, que as situações de perigo, vivenciadas pelas crianças, devem ser acompanhadas, em primeiro lugar, pelas entidades com competência em matéria de infância e juventude e, caso não seja possível a estas debelar aquelas situações, devem as mesmas comunicá-las às Comissões de Proteção de Crianças e Jovens, as quais dispõem de mecanismos de apoio para fazer face a essas situações.  

Assim deve acontecer nas situações de fome.

Existem, há data, meios disponíveis para que as CPCJs, através dos Centros Distritais da Segurança Social, possam acudir às situações de fome das nossas crianças, pelo que se apela a todos aqueles, e em particulares aos que diretamente lidam com crianças e jovens, que sinalizem  às CPCJs  as situações de carência alimentar de que tenham conhecimento.

18/05/12

Bullying - Sinais de Alerta

Como sei que o meu filho está a ser vítima de maus-tratos psicológicos?
Sempre que notar alterações no humor do seu filho, abatimento físico e psicológico, sem paciência para nada, mais alheado da família do que de costume, mais introspectivo, com piores resultados na escola, com queixas físicas permanentes (dor de cabeça, de estômago, fadiga), irritabilidade extrema, inércia. Se bem que muitos destes sintomas possam ser confundidos com a adolescência, é necessária uma atenção redobrada…
Sinais de alerta da violência infantil
Ira intensa
Ataques de fúria
Irritabilidade extrema
Frustrar-se com frequência
Impulsividade
Auto-agressão
Poucos amigos
Dificuldade para prestar atenção
Inquietude física
(in Portalbullying)

29/02/12

Mensagem

Na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Santarém estamos extremamente preocupados, com estado de pobreza de variadíssimas famílias do nosso concelho e que têm crianças a seu cargo.

Da análise ao nosso relatório anual de acompanhamento, verificamos, e em comparação com o ano de 2010, que o número de famílias sem qualquer rendimento aumentou para o dobro sendo, no final de 2011, de 22,7% num universo de 560 processos acompanhados.

A situação material ou o bem-estar das crianças está diretamente relacionado com a situação económica do contexto familiar das crianças (pobreza monetária, privação e desemprego dos pais). Infelizmente percebemos que, e não obstante o grande envolvimento de toda a parceria desta CPCJ, que existem no nosso concelho crianças a passar fome. Verificamos com muita frequência, frequência que aumenta dia após dia, a existência de crianças mal nutridas.


As consequências imediatas da fome são a perda de peso e o aparecimento de problemas no desenvolvimento. A subnutrição, principalmente devido a falta de alimentos energéticos e proteínas, pode vir, a curto prazo, aumentar a taxa de mortalidade, além da perda da capacidade de combater as infecções. As crianças subnutridas não crescem adequadamente e, na escola, não conseguem aprender. A fome causa efeitos irreversíveis ao nível do cérebro.

A fome ou uma deficiente nutrição infantil, é uma das mais significativas patologias, tornando-se um problema de saúde pública. Sabe-se que crianças subnutridas apresentam limitações de aprendizagem, não respondendo adequadamente aos estímulos, reduzindo o interesse diante do ato de brincar e explorar o novo.

Preocupados com esta realidade, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Santarém tem vindo a apelar, junto da população em geral e junto das superfícies comercias em particular, para uma mobilização solidária em torno desta problemática a qual, a não ser devidamente acompanhada, virá a comprometer o desenvolvimento global das nossas populações nas próximas gerações.

Neste sentido, a iniciativa do grupo de cidadãos "Carrinho de Compras Solidário", muito tem contribuído na ajuda a famílias carenciadas através da entrega de bens alimentares e de primeira necessidade.

Iniciativas solidárias como esta, contribuem para minorar a grave situação de carência económica pela qual muitas famílias estão a passar e, dessa forma, para que as crianças em Portugal não passem fome.

É neste sentido que a CPCJ de Santarém vem, pelo presente, agradecer a todas as pessoas que, nesta iniciativa, no seu dia a dia, entendem a solidariedade como algo sério, que estão atentas às realidades que nos cercam e que, dentro das suas possibilidades, têm contribuído para o combate ao flagelo da fome.

22/02/12

O cyberbullying

Todos os dias crianças e jovens em todo o mundo sofrem de um tipo de violência que, muitas vezes, vem mascarada sob a forma de “brincadeira”. Este tipo de “brincadeira” era, até há bem pouco tempo, considerado inofensivo e, por isso, não valorizado por professores, educadores e pais. Hoje, e graças a estudos ainda recentes, sabe-se que estes comportamentos podem trazer sérias consequências para o desenvolvimento psíquico das crianças e jovens, podendo gerar uma baixa autoestima ou, nos casos mais graves, podem mesmo conduzir ao suicídio.

Esta violência é designada por “mau-trato entre iguais” ou, utilizando o termo inglês, “bullying”, e diz respeito a atitudes agressivas, intencionais, sem motivação aparente, repetidas e praticadas por um ou mais alunos contra outro, sendo uma forma de afirmação de poder interpessoal através da agressão, seja esta física ou psíquica.

As crianças e os jovens estão a ser, atualmente, vítimas de um outro tipo de intimidação. Trata-se do cyberbullying, quer é  bullying mas praticado recorendo às  tecnologias da comunuicação e informação, que são utilizadas para humilhar e/ou difamar, assediar…

O cyberbullying  pode revistir-se características diferentes: gráfica ( utilização da imagem); verbal (utilização da linguagem) e; psicológica ( transmissão de dados falsos sobre a vítima).

O “cyberbullying” abre as portas a ataques permanentes através dos computadores, telemóveis, consolas de jogos ou outros meios com acesso à internet.

É importante e necessário que os pais falem com os filhos sobre o cyberbullying.

Eis algumas que questões que podem abordar:

·        Pergunte ao seu filho sobre o que está a fazer online e encoraje-o a reportar-lhe ações de bullying. Prometa que irá empreender ações em seu nome e explique o que irá fazer. Tranquilize-o dizendo que não lhe vai retirar o telemóvel ou o computador;

·        Mantenha o computador da família num sítio central. Se o seu filho joga videojogos, mantenha as consolas de jogos com ligação à internet num local central. Os adolescentes têm ao seu dispor tantos meios para aceder à internet que colocar o computador num local central nem sempre é eficaz. Quando são mais velhos, é particularmente importante ter conversas francas.

·        Esteja atento a sinais de bullying online - por exemplo, ele fica agitado quando está online ou mostra relutância em ir para a escola.

·        Não tolere o cyberbullying em casa. O seu filho deve compreender que nunca, em qualquer circunstância, deve intimidar alguém. Clarifique bem as consequências.

·        Aconselhe o seu filho a não responder a mensagens que têm como objetivo ofender ou aborrecer quem as recebe. Ao responder pode-se estar a encorajar o agressor.

·        Chame a atenção do seu filho da importância de se respeitar a si e aos outros – estar online é público e bastante real, apesar de não parecer.

·        Mantenha as palavras-passe secretas. (Encoraje o seu filho a não partilhar palavras-passe, dados pessoais, fotografias, filmes ou outras informações que podem ser utilizadas para intimidação ou a emprestar os seus telemóveis ou portáteis).

·        Encoraje o seu filho a criar amizades e a ajudar os amigos a olharem uns pelos outros. (As probabilidades dos cyberbullies atacarem crianças que têm fortes amizades são menores. Se uma vítima tiver amigos à sua volta, o bullying para normalmente).

·        Obtenha ajuda da tecnologia. (Ative as características de segurança disponíveis na maior parte dos programas e serviços).


Por outro lado se os pais perceberem que os filhos estão a ser vítimas e de cyberbullying devem:

·        Atuar de imediato pois os filhos precisam de saber que os pais os vão ajudar. (Não esperem para ver se o abuso para. Se acharem que os filhos estão em perigo contatem a polícia).

·        Informem os filhos para não responder ao cyberbullying.

·        Bloqueie os “cyberbullies”. (A maior parte dos serviços Web permitem bloquear qualquer indivíduo cujo comportamento é inapropriado ou ameaçador de qualquer forma. Consulte o serviço – rede social, IM, telemóvel – para saber como).

·        Guarde mensagens de texto, e-mails e outras provas de cyberbullying caso as autoridades precisem destas.



Para obter informação mais detalhada sobre segurança na internet consultar:

http:/www.internetsegura.pt

Segurança na internet (artigo do Júnior)